SÃO PAULO (Reuters) - As entidades realizadoras da Agrishow, uma das maiores feiras de tecnologia agrícola do Brasil, decidiram cancelar a solenidade de abertura do evento, prevista para esta segunda-feira, 1º de maio.
O cancelamento ocorre após a organização do evento "desconvidar" o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para participar da abertura, para que ele não cruzasse eventualmente com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que estará na feira.
Segundo uma fonte ouvida pela Reuters, o vice-presidente da Associação Brasileira de Agronegócio e presidente da feira, Francisco Matturro, ligou para Fávaro para "sugerir" que ele não fosse à abertura da feira, no dia 1º de maio, por causa da presença de Bolsonaro.
Em reação, o Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), controlado pelo governo, decidiu retirar seu patrocínio da Agrishow.
Em nota neste fim de semana, a organização do evento informou que o cancelamento ocorreu "em virtude de toda a repercussão gerada pela cerimônia de abertura". A nota não trata diretamente da polêmica envolvendo as participações de Fávaro e Bolsonaro na feira.
As entidades realizadoras da Agrishow são a Associação Brasileira do Agronegócio, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, a Associação Nacional para Difusão de Adubos, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo, e a Sociedade Rural Brasileira.
(Reportagem de Fabrício de Castro)