LONDRES (Reuters) - Refinarias europeias estão cortando suas compras de petróleo iraniano mais rápido do que o esperado, com os Estados Unidos se preparando para reimpor sanções sobre o Irã, ameaçando um impacto mais severo do que a última rodada de medidas punitivas em 2012, apesar de a União Europeia não ter se juntado aos esforços.
Washington disse que as companhias teriam que desacelerar suas atividades com o Irã a partir de 4 de novembro, correndo o risco de serem excluídas do sistema de financiamento dos EUA.
Seguindo as sanções impostas pelo presidente Barack Obama em 2012, a Europa impôs sua própria proibição sobre o óleo iraniano. Desta vez, entretanto, as linhas de crédito estão sendo excluídas apesar de os líderes europeus terem jurado se manter no acordo nuclear, e as compras europeias estão sendo interrompidas.
"Essas sanções serão piores do que sob Obama. Com ele, você sabia onde estava pisando... você nunca sabe com o Trump. Todos estão com medo", disse uma fonte do setor petroleiro.
A Europa representava cerca de um quinto dos 2,5 milhões de barris por dia exportados pelo Irã.
(Por Julia Payne, Dmitry Zhdannikov e Amanda Cooper; Reportagem adicional por Ahmad Ghaddar e Humeyra Pamuk)