Por Nayara Figueiredo
SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil deve exportar 5,02 milhões de toneladas de milho em janeiro, recorde para o primeiro mês do ano, com uma demanda adicional da China que abriu seu mercado para o cereal brasileiro recentemente, disse a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) nesta terça-feira.
Até a semana passada, a entidade projetava vendas externas de 4,3 milhões de toneladas de milho para janeiro, o que seria o maior volume para o mês desde 2016.
Segundo a Anec, os embarques do cereal para a China já superam 1 milhão de toneladas neste início de ano.
"Foram os embarques para a China que estavam retidos, aguardando a lista de empresas autorizadas", afirmou a entidade à Reuters.
Em janeiro de 2022, o Brasil exportou 2,22 milhões de toneladas de milho, conforme dados da associação.
O incremento nas expectativas de vendas externas do cereal também ocorre em momento de maior volume de estoques disponíveis para embarque, após ampla colheita na última safra.
Para a soja, a Anec estimou 1,969 milhão de toneladas exportadas, também um avanço ante o volume de 1,3 milhão apontado anteriormente com base na programação dos navios nos portos.
No caso da oleaginosa, as reservas são mais curtas que as do ano anterior, quando 2,28 milhões de toneladas foram embarcadas em janeiro.
A Anec também passou a ver os embarques de farelo de soja em 1,4 milhão de toneladas, contra 1,34 milhão na semana passada. Para o trigo, a associação estimou 446.105 toneladas ante 280.715 toneladas na mesma comparação.
Apesar dos incrementos nas projeções para farelo de soja e trigo, os desempenhos ainda devem recuar no comparativo anual.
No primeiro mês de 2022, o país exportou 1,58 milhão de toneladas de farelo e 695.953 toneladas de trigo.
(Reportagem de Nayara Figueiredo)