Investing.com - A Agência Nacional de Petróleo (ANP) iniciou a rodada de licitações do excedente da cessão onerosa, iniciado na manhã desta quarta-feira (06) no Rio de Janeiro. A expectativa é de o leilão levantar mais de R$ 100 bilhões somente com bônus de assinatura. Assista o certame logo abaixo no fim do texto.
Executivos de muitas das maiores petroleiras do mundo estão reunidos para disputar um muito esperado megaleilão de áreas para exploração de petróleo e gás que será o maior do tipo já realizado na história do país.
Advogados e executivos têm trabalhado em ritmo frenético nas últimas semanas para definir os termos dos consórcios que darão lances pelos quatro blocos que serão oferecidos na chamada cessão onerosa--uma área de campos offshore com bilhões de barris em reservas confirmadas.
Se todas as áreas receberem ofertas, o governo brasileiro arrecadará R$ 106,5 bilhões em bônus de assinatura, o que ajudará no apertado orçamento fiscal do país e consolidará a ascensão do Brasil como potência petrolífera da América Latina.
A licitação começou às 10 horas. As empresas primeiro farão ofertas para Búzios, a maior das quatro áreas, e depois para Itapu, a menor.
Em ambos os campos, a Petrobras exerceu direitos de preferência para ser operadora, com uma participação de pelo menos 30% em qualquer consórcio vencedor. Esses dois campos juntos têm um bônus mínimo de assinatura de cerca de R$ 70 bilhões.
Ainda assim, muita coisa está no ar, principalmente nos dois blocos em que a Petrobras (SA:PETR4) não exerceu direitos de preferência: Sépia e Atapu.
Na quarta-feira, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, até levantou a possibilidade de que esses dois blocos não recebam ofertas. Se isso ocorrer, ele disse que os termos da licitação serão ajustados e essas áreas serão colocadas à venda novamente dentro de oito a nove meses.
Mas somente a venda de Búzios e Itapu já tornaria o leilão um sucesso, disseram autoridades do governo.
Várias empresas, incluindo Total e BP, retiraram-se do leilão ou disseram que os ativos são caros. Outras têm sido mais otimistas.
Segundo fontes do setor, as apostas estão na própria Petrobras (SA:PETR4), na Exxon Mobile nas chinesas CNOOC e CNODC, subsidiária da CNPC.
Um advogado do Rio de Janeiro que acompanha o leilão de perto disse que muitos dos participantes devem ter passado a noite de terça-feira em claro para se preparar para a disputa.
"Acho que só vamos saber o que está acontecendo" na quarta-feira, disse na véspera uma fonte de alto escalão da Petrobras (SA:PETR4), que pediu anonimato devido à sensibilidade das negociações. "Sempre há conversas no último minuto."
*Com Reuters