Nova York, 16 set (EFE).- O barril do Petróleo Intermediário do Texas (WTI) disparou nesta segunda-feira 14,8% e fechou cotado a US$ 62,90, sob influência dos ataques com drones a duas refinarias da Arábia Saudita no último sábado.
Ao final das operações da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos futuros do WTI para entrega em outubro subiram US$ 8,05 em relação ao fechamento da última sexta-feira.
Tanto o preço do WTI como o do Brent e outros barris de referência internacionais tiveram forte alta apesar da tentativa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de tranquilizar os mercados autorizando o uso de reservas de emergência do país em volume ainda não determinado.
Os investidores temem que o prejuízo nas duas refinarias atingidas por drones - um ataque que supostamente teria sido cometido pelo (ou com aval) do Irã - seja uma queda de 50% na produção de petróleo saudita e de 5% em escala mundial.
Segundo a rede de televisão americana "CNBC", a Saudi Aramco, companhia petrolífera nacional saudita, pretende restaurar na próxima segunda-feira aproximadamente um terço da produção perdida, ou o equivalente a 2 milhões de barris.
O governo dos Estados Unidos acusou o Irã de ser o responsável pelo ataque e de ter como alvo "a economia mundial".
"Quero reiterar que os Estados Unidos condenam totalmente o ataque do Irã ao reino da Arábia Saudita, e pedimos a outras nações que também o critiquem. Este comportamento é inaceitável", declarou o secretário de Energia dos EUA, Rick Perry.
Por meio de seu Ministério das Relações Exteriores, o Irã negou envolvimento nos ataques e denunciou planos de serviços de inteligência para "destruir a imagem" do país.
Ppara tentar tranquilizar os mercados, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o país não precisa de petróleo ou gás do Oriente Médio e autorizou o uso de suas reservas de emergência.
"Somos agora o Produtor Número 1 de Energia no Mundo", disse Trump no Twitter, além de prometer ajuda a aliados.
Neste contexto turbulento no cenário internacional, os contratos de futuros de gasolina com vencimento em outubro subiram 11,51%, para US$ 1,73 o galão, e os de gás natural com vencimento para o mesmo mês encareceram 2,41%, para US$ 2,68 por cada mil pés cúbicos.