BUENOS AIRES (Reuters) - O governo argentino disse nesta quinta-feira que irá devolver 5 pontos percentuais da taxa de exportação de 30 por cento sobre a soja para produtores do nordeste do país, uma de suas regiões mais pobres.
O benefício será válido para as primeiras 2 mil toneladas da safra que cada produtor ou companhia vender entre março e agosto, embora o período possa ser estendido, disse o governo no diário oficial.
Segundo a Bolsa de Grãos de Buenos Aires, o norte da Argentina responde por 12 por cento dos 19,2 milhões de hectares (47,4 milhões de acres) que produtores plantaram com soja ao redor do país. A Bolsa estima uma safra total para 2016/17 de 54,8 milhões de toneladas.
Dias após assumir o cargo em 2015, o presidente Mauricio Macri cortou em cinco pontos percentuais a taxa de exportação sobre a soja e reduziu as taxas de exportação do milho e trigo, uma medida que foi comemorada pelo setor agrícola e cujo objetivo é atrair investimentos.
A Argentina é a terceira maior exportadora mundial de soja e milho e é a maior exportadora de óleo de soja e farelo de soja, que também são taxados, embora menos do que a soja em grãos.
Macri prometeu continuar reduzindo a taxa em 5 pontos percentuais a cada ano. Mas frente a um grande déficit fiscal anunciado em outubro, ele disse que ao invés disso irá reduzir o imposto sobre a soja em 0,5 ponto percentual por mês a partir de 2018.
As províncias incluídas no plano de descontos no imposto de exportação anunciado nesta quinta-feira são Salta, Jujuy, Formosa, Santiago do Estero, Tucumán, Corrientes, Misiones, Catamarca, La Rioja e Chaco, de acordo com o diário oficial.
As principais províncias produtoras de grãos da Argentina são Buenos Aires, Córdoba e Santa Fe.
(Por Maximilian Heath; texto de Caroline Stauffer)