Por Heide Brandes
NORMAN, Estados Unidos (Reuters) - A Universidade de Oklahoma encerrou as atividades de um grupo de fraternidade vinculado a um vídeo de alunos cantando expressões raciais, expulsou os seus membros da casa que ocupavam e considerou o ato do grupo "vergonhoso".
"Imediatamente a partir de agora, todos os laços e parcerias entre a universidade e o SAE (Sigma Alpha Epsilon) ficam cortados", disse o reitor da universidade, David Boren, nesta segunda-feira.
Os membros têm até a meia-noite de terça-feira para desocupar o local. As pessoas podiam ser vistas carregando objetos em caminhões por trás da casa da fraternidade nesta segunda-feira.
No vídeo de 10 segundos publicado on-line no domingo e reproduzido pelos meios de comunicação, os alunos num ônibus gritavam juntos, usando linguagem ofensiva referindo-se a negros e jurando nunca admiti-los na fraternidade.
Não ficou imediatamente claro quando o vídeo dos estudantes dentro de um ônibus foi gravado.
"Para aqueles que abusaram do seu discurso livre de uma forma tão repreensível, eu tenho uma mensagem: vocês são vergonhosos", disse Boren.
Ele disse em entrevista coletiva que a fraternidade não terá permissão para voltar ao campus enquanto ele for reitor e que a universidade abriu uma investigação para verificar se membros individuais podem ser punidos. Não foi revelado o nome de nenhum aluno.
O incidente acontece num momento em que as tensões raciais têm aumentando no país, após episódios de afro-americanos desarmados sendo mortos a tiros pela polícia.
(Reportagem adicional de Chris Michaud, em Nova York)