SANTIAGO (Reuters) - A companhia aérea LATAM estima que serão necessários dois ou três para que as economias regionais se fortaleçam e as próprias medidas de corte de custos se traduzam em melhores resultados financeiros para a empresa, disse o principal executivo da companhia segundo um jornal chileno neste domingo.
A LATAM (SN:LAN) (N:LFL), maior companhia aérea da América Latina, tem ficado no vermelho desde que foi criada em 2012 a partir da fusão da LAN, do Chile, e da TAM, do Brasil, mas o fato de não ter conseguido lucrar no primeiro trimestre de 2015 foi surpreendente.
"O problema da LATAM hoje é a economia da região. Não é a companhia, o efeito da fusão, os custos da companhia ou qualquer tipo de ineficiência", disse o presidente-executivo da LATAM Enrique Cueto ao jornal chileno El Mercurio.
A LATAM tem sido particularmente afetada pela desaceleração da economia do Brasil, grande carro-chefe da América do Sul, e da desvalorização da moeda brasileira. Mas os crescimentos de Argentina, Chile, Peru e Paraguai também desaceleraram.
Cueto disse ao El Mercurio, porém, que ele segue otimista acreditando que os cortes, incluindo um pacote de corte de custos de 800 milhões de dólares até 2018, deverão melhorar os balanços da companhia aérea. Mas ele admite que isso não ocorrerá a curto prazo.
"Se alguém quer ver grandes resultados terá de esperar dois ou três anos", disse Cueto.
(Reportagem de Fabian Cambero)