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Petróleo desiste de alguns dos enormes ganhos da semana passada

Publicado 31.08.2015, 11:35
© Reuters.
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Investing.com – Os futuros de petróleo desistiram de alguns dos fortes ganhos alcançados na semana anterior, ao passo que os traders venderam suas posições após os preços terem alcançado na semana passada o maior ganho porcentual de dois dias desde 2009.

Na ICE Futures Exchange de Londres, os futuros de petróleo Brent com vencimento em outubro caíram US$ 1,69, ou 3,37%, sendo negociados a US$ 48,37 por barril.

Futuros do Brent subiram para US$ 50,98 na sexta-feira, o nível mais alto desde 11 de agosto, antes de fechar em US$ 50,05, uma alta de US$ 2,49, ou 5,24%. Na quinta-feira, o Brent subiu US$ 4,42, ou 10,25%, apenas alguns dias depois de atingir uma baixa de seis anos US$ 42,23.

Os futuros de Brent negociados em Londres avançaram US$ 4,70, ou 10,1%, na semana passada, o primeiro ganho semanal em nove semanas, ao passo que os traders voltaram ao mercado para fechar apostas em preços mais baixos, um movimento conhecido como venda a descoberto.

Em outros lugares, o petróleo com vencimento em outubro na New York Mercantile Exchange (Nymex) caiu US$ 1,34, ou 2,96%, sendo negociado em US$ 43,88 por barril.

Na sexta-feira, os preços da Nymex subiram para US$ 45,90, o nível mais alto desde 11 de agosto, antes de serem negociados em US$ 45,22, uma alta de US$ 2,66, ou 6,25%. Na quinta-feira, os futuros despencaram US$ 3,96, ou 10,26%, em janeiro. Os preços do petróleo negociado em Nova York caíram para US$ 37,75 por bushel em 24 de agosto, uma baixa de seis anos.

Na semana passada, o preços da Nymex subiram US$ 4,92, ou 11,79%, o maior ganho percentual semanal desde março de 2009.

Os preços do petróleo estão sob forte pressão de venda nos últimos meses, uma vez que as atuais preocupações com um excesso nos mercados mundiais resultaram na queda dos preços.

A produção mundial de petróleo está superando a demanda após um crescimento na produção de óleo de xisto dos EUA e após a decisão da OPEP no ano passado de não cortar a produção.

As preocupações com a produção nacional do petróleo norte-americano tendem a permanecer em foco, após o grupo de pesquisa industrial, Baker Hughes (NYSE:BHI) disse na sexta-feira que o número de sondas de perfuração de petróleo nos EUA aumentou em aproximadamente 1 na semana passada, para 675, o sexto ganho semanal consecutivo.

A contagem de sondas caiu por 29 semanas consecutivas antes de apresentar leve recuperação nas últimas semanas.

Enquanto isso, as preocupações com a desaceleração da economia da China e com a possibilidade do Banco Central dos EUA (Fed) aumentar as taxas em sua próxima reunião de política monetária, em setembro, também pesaram.

Os participantes do mercado estavam aguardando uns relatórios sobre a produção, que devem ser divulgados na China na terça-feira, para obter mais dicas sobre a força da segunda maior economia do mundo.

Esperava-se que o índice oficial de gerentes de compra (PMI) para o setor de manufatura da China caísse para 49,7 no mês de agosto, de 50,0 em julho.

Enquanto isso, a leitura final do índice Caixin/Markit de gerentes de compra industrial foi previsto para subir 47,2, de uma leitura preliminar de 47,1, o mais baixo desde julho de 2013.

Uma leitura abaixo de 50,0 indica contração da indústria.

A China é o segundo maior consumidor de petróleo do mundo depois dos EUA e tem sido o motor do fortalecimento da demanda.

Os investidores estão aguardando agora o relatório de emprego nos EUA, a ser divulgado na sexta-feira, o que poderia ajudar a fornecer clareza sobre a probabilidade de um aumento das taxas de juro de curto prazo.

Na sexta-feira, os comentários do vice-presidente do Banco Central dos EUA (Fed), Stanley Fischer, sugeriram que a porta ainda estava aberta para um aumento das taxas na próxima reunião do Fed, que ocorrerá em 16 e 17 de setembro.

Fischer disse que a justificativa para um aumento da taxa em setembro foi "muito forte", embora ainda fosse muito cedo para dizer o que o banco central pode fazer.

O momento para um aumento das taxas do Fed tem sido uma fonte constante de debate nos mercados nos últimos meses.

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