Inquérito inclui acusação contra cúpula do PSDB no Senado (Evaristo Sa/AFP)
SÃO PAULO - A PGR (Procuradoria Geral da República) enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedidos de abertura de inquéritos baseados na delação do senador Delcídio do Amaral (ex- PT-MS). Dentre os pedidos estão duas investigações contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e outra que atinge a cúpula do PMDB no Senado.
Se o ministro Teori Zavascki aceitar a abertura do inquérito, Aécio será oficialmente investigado da Operação Lava Jato. A apuração sobre as acusações contra o senador tem duas vertentes: a suspeita do recebimento de propina de Furnas e a acusação de que encobriu dados do Banco Rural para esconder o mensalão do PSDB.
Além do senador Aécio Neves, o procurador-geral da República Rodrigo Janot, solicitou também um inquérito contra os senadores do PMDB Romero Jucá (RR), Jader Barbalho (PA), Valdir Raupp (RO) e Renan Calheiros (AL), presidente do Senado, sob suspeita do recebimento de propina das obras da hidrelétrica de Belo Monte.
Outros nomes presentes no pacote de inquéritos, são o do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, o deputado federal Marco Maia (PT-RS) e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rego.
Defesa
Em seu Facebook, a assessoria do senador partiu em sua defesa dizendo que Aécio Neves "considera absolutamente natural e necessário que as investigações sejam feitas, pois elas irão demonstrar, como já ocorreu outras vezes, a correção de sua conduta".
Sobre a investigação Lava Jato a nota da assessoria diz que o senador "reitera o seu apoio à operação, página decisiva da história do país, e tem convicção de que as investigações deixarão clara a falsidade das citações feitas".
(Atualizada às 15h25)