Por Emily Flitter
PITTSBURGH (Reuters) - Donald Trump elogiou nesta quinta-feira táticas agressivas da polícia e condenou os ataques a agentes de segurança em meio às críticas ao seu plano de implementar revistas policiais para reduzir o crime, em discurso depois da segunda noite de distúrbios que abalam Charlotte, na Carolina do Norte.
"Crime e violência são um ataque contra o pobre e nunca serão aceitos num governo Trump”, afirmou o candidato republicano a presidente dos Estados Unidos numa conferência sobre energia em Pittsburgh, enquanto um salão cheio de executivos da indústria de carvão e gás escutava em silêncio.
Trump tem se retratado como o candidato “da lei e da ordem”. A revista policial, quando pedestres são parados, interrogados e inspecionados na busca por armas e contrabando, tem gerado protestos e recursos judiciais exitosos porque é vista como uma tática direcionada de forma injusta para as minorias.
Contudo, ao mesmo tempo, Trump tem recentemente alcançado os eleitores afro-americanos à medida que a diferença entre ele e a sua rival nas eleições de 8 de novembro, a democrata Hillary Clinton, tem se reduzido em muitas pesquisas de opinião.
Em Pittsburgh, o empresário de Nova York defendeu melhor treinamento para a polícia e mais engajamento com a comunidade. Ele também disse que as pessoas que saem mais machucadas em manifestações violentas, como as que ocorreram em Charlotte, são afro-americanos que respeitam a lei e que moram nessas áreas onde há tanto crime.
A morte de um homem negro a tiros pela polícia provocou os protestos em Charlotte, e um estado de emergência foi declarado na quarta-feira.
Também tem havido protestos em Tulsa, em Oklahoma, nos últimos dias depois que um policial foi preso pela morte a tiros de um homem negro desarmado que, um vídeo mostrou, tinha as mãos à mostra durante o incidente.