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Desaparecimento de político venezuelano agita Estado natal de Chávez

Publicado 15.06.2017, 14:12
© Reuters.  Desaparecimento de político venezuelano agita Estado natal de Chávez

BARINAS, Venezuela (Reuters) - Ele tinha acabado de sair de seu escritório de carro e estava passando por uma igreja próxima quando as vans de segurança do Estado cercaram Wilmer Azuaje.

Colocado em um avião militar horas depois, no dia 3 de maio, o parlamentar regional de 40 anos - uma das figuras de oposição mais conhecidas no Estado rural do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez - não foi visto desde então.

"Ele desapareceu. Eles o sequestraram. Há um completo silêncio", disse sua mãe, Carmen Cordero, que viajou entre o Estado de Barinas e a capital, Caracas, para buscar informações sobre ele na sede do serviço de inteligência nacional Sebin.

Não houve nenhuma palavra oficial sobre o caso de Azuaje, e os pedidos feitos às autoridades para obter informações não foram atendidos.

Azuaje é um dos mais de 3.000 ativistas, principalmente jovens manifestantes, detidos desde que manifestações maciças contra o presidente Nicolás Maduro e o partido Socialista começaram no início de abril, de acordo com grupos de direitos humanos.

Quase metade deles permanece atrás das grades.

O "desaparecimento" de Azuaje tem gerado protestos diários a favor de sua libertação em Barinas e seu caso virou tema de conversa em todas as mesas da cidade.

Opositores dizem que Maduro se converteu em um ditador que usa a repressão das forças de segurança para intimidar a população farta das dificuldades econômicas e que exige eleições antecipadas.

Maduro avalia que as prisões são uma reação legítima à "insurreição armada" por violentos golpistas que seguem uma agenda dos EUA para assumir o controle da riqueza petrolífera da Venezuela. Funcionários do governo veem Azuaje como líder em uma região particularmente sensível.

Político de carreira que sempre cortejou a controvérsia, Azuaje apoiou Chávez nos primeiros anos de seu governo de 1999-2013. Mas depois se afastou de Chávez, que morreu no cargo, e acusou de corrupção os parentes do presidente cada vez mais ricos em Barinas, um estado agrícola pobre nos "llanos" venezuelanos ou planícies onde Chávez nasceu em uma casa de barro.

Em 2010, Azuaje foi brevemente posto em prisão domiciliar por agredir uma policial em uma questão envolvendo um veículo.

Amigos e simpatizantes dizem que Azuaje, que também ajuda a gerenciar um restaurante familiar e negócios turísticos, incentivou energicamente as manifestações anti-Maduro em abril.

Ele era frequentemente o único político importante na cena dos protestos, transmitidos ao vivo via mídia social, dizem eles.

Funcionários e partidários do governo acusaram Azuaje de fomentar e financiar a violência e pediram uma investigação.

Nas mídias sociais, alguns o chamaram de "terrorista de Barinas" e "capitão criminoso", mostrando fotos dele ao lado de supostos membros de gangues, alguns em máscaras.

"Esse homem não é anjo, ele está por trás de tudo isso, então ele tem que pagar", disse um defensor de Maduro, Leonardo Gonzalez, 33, usando uma camiseta vermelha com a imagem de Chávez, na capital do Estado, também chamada de Barinas.

A cidade, no meio das planícies rurais, registrou o pior ataque nos dois meses e meio de protestos frequentemente violentos na Venezuela. Sete pessoas foram mortas na cidade e centenas de lojas saqueadas em uma onda de confrontos de 36 horas em 22 e 23 de maio.

Quase 70 pessoas morreram em todo o país.

Azuaje foi visto pela última vez sendo colocado em um avião da Guarda Nacional no meio da noite, depois de ser preso e levado para a sede local do Sebin com seu assistente no dia anterior.

"Ver a pessoa que você ama, tratada assim, é terrível", disse sua esposa, Kelly Garcia, abraçando suas duas garotas em sua casa. "O único crime de Wilmer é sonhar e trabalhar para uma Venezuela melhor".

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