Por Patricia Zengerle e Doina Chiacu
WASHINGTON (Reuters) - O filho mais velho do presidente dos Estados Unidos e o ex-chefe de campanha do presidente Donald Trump receberam aprovação de um conselheiro especial dos EUA para testemunhar publicamente ao Congresso como parte de investigações sobre envolvimento russo na eleição de 2016, disse nesta terça-feira a principal democrata no Comitê Judiciário do Senado.
A senadora norte-americana Dianne Feinstein disse à Reuters que o conselheiro especial, o ex-diretor do FBI Robert Mueller, disse que Donald Trump Jr. e Paul Manafort, gerente de campanha de março a agosto, estavam liberados para falar ao comitê.
Mueller está investigando acusações de agências da inteligência dos EUA de que a Rússia interferiu para ajudar Trump a vencer a Presidência e possível conspiração entre Moscou e a campanha republicana. A Rússia nega envolvimento na campanha e Trump diz que não houve conspiração.
Caso Trump Jr. se apresente perante o comitê judiciário, ele será o membro mais alto do círculo íntimo de familiares do presidente e assessores da Casa Branca a testemunhar no Congresso sobre as acusações russas. Diversos painéis congressionais possuem investigações abertas.
As acusações dominaram os seis primeiros meses de Trump na Presidência. Trump Jr., que administra a empresa familiar Trump Organization, divulgou e-mails na semana passada nos quais concordava em junho de 2016 em se encontrar com uma mulher que lhe foi dito ser uma advogada do governo russo que poderia ter informações prejudiciais sobre a rival democrata Hillary Clinton, como parte do apoio oficial de Moscou à campanha de seu pai.
O encontro na Trump Tower, em Nova York, parece ser a evidência mais tangível de ligação entre a campanha de Trump e a Rússia, disseram investigadores no Congresso.
O presidente do Comitê Judiciário, Charles Grassley, disse que irá coordenar com Mueller para garantir que quaisquer testemunhas levadas pelo painel não sejam conflitantes com a investigação criminal de Mueller.
Feinstein, perguntada se Mueller deu autorização para Trump Jr. e Manafort testemunharem publicamente, disse “sim”.