Money Times - A Telefônica Brasil (SA:VIVT4) supera as empresas do setor elétrico e reina absoluta na preferência do mercado para as ações boas pagadoras de dividendos, mostra o levantamento do Money Times feito com 11 analistas e 30 indicações diferentes de empresas. A tele foi a escolhida por sete deles.
Segundo o Bradesco (SA:BBDC4), a companhia tem uma alta previsibilidade dos resultados, geração sólida de fluxo de caixa e atrativo retorno de dividendos de 7,6% para 2018. Isso, de acordo com os analistas, reforça o “status defensivo” dos papéis. Além da distribuição esperada, os ativos têm alta de 12% em 2017.
O Santander (SA:SANB11), que espera um retorno de 5,31% em dividendos para este ano, analisou como “bom” o resultado do segundo trimestre de 2017. A geração de caixa livre recorrente subiu 53% na passagem anual e chegou a R$ 2,6 bilhões, “o que demonstra o diferencial operacional da companhia”, dizem os analistas.
Regulação
Além disso, as mudanças regulatórias esperadas para o setor podem ajudar ainda mais. As empresas poderão migrar de um status de concessão para um novo de licença e autorização. Isso irá permitir que elas se desfaçam de ativos que não consideram essenciais para suas operações.
“Vemos a Telefônica como a melhor opção dentro do setor para surfar esse novo modelo regulatório que estará vigente nos próximos anos”, diz o Santander. Outra casa que indica as ações, a XP Investimentos, avalia que o ativo negocia a um múltiplo acima do nível histórico, mas com um nível de dividend yield estimado bastante atrativo para 2017 e 2018.
“Aliado a isso, a empresa tende a se beneficiar do processo de consolidação que o setor atravessa”, lembra a corretora. Por fim, o Citi avalia que a Telefônica irá continuar crescendo em segmentos de maior valor agregado (dados móveis, banda larga, TV paga e mercado corporativo) e se alavancando em investimentos realizados em rede e nos serviços prestados.
“A percepção de marca e rede superiores deve continuar impulsionando o ganho da companhia perante os concorrentes”, avalia o banco. Em julho, a Telefônica também estava na liderança das principais recomendações, mas dividia o primeiro lugar com os papéis da geradora de energia AES Tietê (SA:TIET4) (TIET11).