Rio de Janeiro, 31 ago (EFE).- A economia brasileira cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2012 em relação ao primeiro, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ainda segundo o IBGE, a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 0,5% em comparação com o mesmo período de 2011.
O resultado, apesar de confirmar a tendência de desaceleração da economia mundial, registrou uma melhoria com relação ao primeiro trimestre, quando o crescimento foi só de 0,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Segundo o IBGE, o Brasil só cresceu 0,6% no primeiro semestre do ano, frente à expansão de 3,8% registrada nos seis primeiros meses de 2011.
Da mesma forma, o crescimento acumulado em doze meses, até junho, foi de 1,2%, em comparação ao de 1,9% registrado até março e de 2,7% até dezembro.
Os números divulgados nesta sexta-feira coincidem com as previsões dos economistas, que projetam para este ano um crescimento de apenas 1,73%.
Se as previsões forem confirmadas, o Brasil registrará, em 2012 o menor crescimento desde 2009, quando o PIB apresentou recessão de 0,6%.
Os números do IBGE também confirmam a desaceleração do Brasil, já que após ter expandido 7,5% em 2010, a economia só cresceu 2,7% no ano passado.
A pequena recuperação do segundo trimestre foi impulsionada pela agropecuária, cuja produção cresceu 4,9% em comparação com o primeiro. O setor de serviços cresceu 0,7%, mas a indústria diminuiu 2,5%.
A indústria, aliás, é o setor mais afetado pela crise internacional e o que mais pressiona a desaceleração da economia brasileira em geral.
A produção industrial no segundo trimestre caiu 2,4% frente ao mesmo período do ano passado e a acumulada, nos seis primeiros meses de 2012, retraiu 1,2%.
Por subsetores, a indústria da transformação registrou no segundo trimestre uma produção 2,5% inferior à do primeiro, a extração mineral retraiu 2,3% e a construção civil 0,7%.
O consumo das famílias, que foi nos últimos anos um motor da economia, cresceu 0,6% no segundo trimestre frente ao primeiro, abaixo da expansão de 1,1% do consumo prevista pelo governo. EFE