Investing.com - As ações da SLC Agrícola (SA:SLCE3) operam com forte valorização de 7,11% a R$ 61,05, na parte da tarde desta quinta-feira na bolsa paulista. A companhia, uma das maiores produtoras mundiais de grãos e fibras, que a área de plantio para o ano-safra 2018/19 será 12,8% maior, para um total de 455 mil hectares, já considerando a incorporação da Fazenda Pantanal.
As áreas de segunda-safra devem crescer 20,9% em relação ao exercício anterior, atingindo um total de 136,7 mil hectares (algodão e milho de 2ª safra). A companhia destaca que, como não entrarão áreas novas em plantio (áreas de 1º ano), o nível de maturidade médio das lavouras melhora em relação ao exercício anterior, o que oferece viés mais positivo para a performance operacional
No começo do mês passado, o Banco do Brasil (SA:BBAS3) Investimentos (BB-BI) divulgou relatório destacando que no primeiro trimestre do ano a SLC divulgou a finalização da colheita de soja da safra 2018/19, com a produtividade divulgada superando as expectativas em 11,8%. Outro fato a ser considerado foi a conclusão do arrendamento de terras divulgado pela companhia em fato relevante, o que eleva o portfólio de terras da SLC em 26,1 mil hectares (40,0 mil hectares de área cultivada).
Os analistas destacam que no curto prazo a instabilidade política e econômica local deverão continuar afetando o mercado de renda variável como um todo. Contudo, os drivers de crescimento da SLC apresentam-se positivos para o ano de 2018.
O BB-BI vê como riscos à tese do investimento a fatores como perdas relacionadas às condições climáticas no país; redução da demanda global pelas commodities negociadas pela companhia; aumento nos preços dos insumos utilizados pela companhia; aumento das taxas de juros no país; e efeitos cambiais contrários às posições mantidas pela SLC.
Desde a divulgação do relatório do BB-BI, que colocou o preço-alvo das ações em R$ 50,00 para o final do ano, a valorização é de 35,78% e de 130,37% somente em 2018. Nos últimos 12 meses, os ganhos são de mais de 227%.