SÃO PAULO (Reuters) - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamentos de 100 milhões de reais para a FS Bioenergia e de 40 milhões de reais para a Alcoeste, o que deverá permitir a ampliação da eficiência energético-ambiental na certificação dos processos envolvendo a emissão de créditos de descarbonização (CBios) pelas usinas de etanol.
A FS Bioenergia, grande produtora de etanol de milho, conseguiu o financiamento para a sua unidade de Lucas do Rio Verde (MT), enquanto a Alcoeste para a planta de Fernandópolis (SP).
"Essas são as primeiras operações apoiadas no novo formato do Programa BNDES RenovaBio, que em dezembro teve seu custo reduzido e passou a ter metas de diminuição de emissões de carbono atreladas à eficiência energético-ambiental de cada cliente", disse o banco em nota.
O programa RenovaBio definiu a estrutura do mercado de CBios, que são emitidos pelas produtoras de biocombustíveis e comprados mandatoriamente pelas distribuidoras. O número de CBios emitidos está relacionado à eficiência energético-ambiental da empresa.
Desde seu lançamento, em 2021, o Programa BNDES RenovaBio acumula uma carteira de 12 operações e mais de 1 bilhão de reais em financiamentos.
Caso o produtor de biocombustível comprove o atendimento da meta sustentável, os juros básicos do BNDES podem ser reduzidos em até 0,4%, chegando a 0,9% ao ano.
"O etanol da FS tem uma das menores pegadas de carbono do mundo e fomos pioneiros na implantação de uma política socioambiental rigorosa...", comentou Rafael Abud, CEO da FS, no comunicado.
(Por Roberto Samora)