Rio de Janeiro, 27 mar (EFE).- O governo decidiu adiar para o final deste ano a próxima licitação de campos petrolíferos, que estava prevista para o primeiro semestre, informou o secretário de Petroleo e Gás nesta sexta-feira.
A mudança de data se deve em parte à queda do preço do petróleo e também à crise da Petrobras, que está no eixo de um enorme escândalo de corrupção, embora também tenha sido influenciada por outros fatores, afirmou hoje Marco Antonio Almeida, secretário de Petróleo e Gás do Ministério das Minas e Energia.
Ele assinalou que também influiu na decisão a política que obriga as petrolíferas a usarem uma cota mínima de equipamentos fabricados no Brasil e aos problemas de "capacidade" da indústria do setor, que também sofre os efeitos da crise na Petrobras.
A chamada 13ª rodada de licitações oferecerá blocos em terra e no mar, mas não incluirá nenhuma área do pré-sal, que contêm as reservas mais abundantes e de maior qualidade já encontradas no Brasil.
O governo realizou rodadas de licitações com periodicidade anual entre 1999 e 2008, sob um regime de concessão, mas depois as suspendeu para estudar mudanças no marco regulador.
Em 2013 foram realizadas duas rodadas de licitações de jazidas em águas pouco profundas e em terra sob o regime de concessão, o mesmo que será aplicado ao futuro leilão.
Esse ano houve também o primeiro leilão com as regras do regime de produção compartilhada, que se aplica exclusivamente às reservas do pré-sal.
Esse novo marco regulador foi aprovado em 2010 para garantir ao Estado mais renda e maior controle da gestão da exploração das jazidas desta região, localizada a grande profundidade no litoral do Rio de Janeiro.