RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Brasil deverá registrar um aumento de carga de energia de 2,6% neste ano ante 2022, a 71.569 MW médios, sem considerar a micro e minigeração distribuída, publicaram nesta terça-feira o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
A previsão foi concluída após as entidades elevarem a estimativa de crescimento do PIB em 2023 de 0,7% para 1%.
As avaliações consideraram premissas de curto prazo, como desaceleração da economia mundial, devido a uma maior pressão inflacionária, e alta taxa de juros na economia brasileira, manutenção das premissas econômicas conjugada ao impacto positivo da proposição de uma âncora fiscal e o encaminhamento da proposta de reforma tributária.
Os dados constam na 1ª Revisão Quadrimestral das Previsões de Carga para o Planejamento Anual da Operação Energética - 2023-2027.
Para o horizonte até 2027, a indicação é de um crescimento anual de 3,2%, atingindo 81.540 MW médios ao final do período.
Para os próximos anos, as entidades pontuaram esperar "um ambiente de maior estabilidade econômica, favorecendo os investimentos, especialmente, no setor de infraestrutura, resultando em uma dinâmica de crescimento mais substancial e consistente".
"Espera-se um cenário internacional mais favorável, inflação dentro da meta, maior confiança dos agentes econômicos e expansão mais significativa da demanda interna. No entanto, a postergação do ciclo de redução de juros pode pressionar os resultados futuros", adicionaram.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)