SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil deve registrar um recorde na ampliação da capacidade de geração de energia centralizada em 2023, com um incremento de 10,3 gigawatts (GW), sendo mais de 90% desse total em usinas das fontes eólica e solar, segundo previsão do Ministério de Minas e Energia e da agência reguladora Aneel divulgada nesta sexta-feira.
O cenário de forte crescimento para este ano vem após um aumento já significativo do parque gerador brasileiro em 2022. No ano passado, foram adicionados 8,2 GW, atrás apenas do recorde atual de 9,5 GW alcançado em 2016.
O cenário para 2023 considera empreendimentos com outorga ou leiloados com expectativa de entrada em operação neste ano. Estão previstas 298 novas usinas geradoras localizadas em 18 Estados, com destaque para Bahia (3,1 GW), Rio Grande do Norte (2,78 GW) e Minas Gerais (1,85 GW).
"Esse é um cenário altamente positivo para o Brasil, que continua liderando a busca mundial pela preservação do planeta com a geração de energia limpa, pois o nosso crescimento está baseado principalmente nas fontes renováveis. Acredito que nos próximos anos essa expansão será ainda maior", afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em nota.
O Brasil encerrou 2022 com um parque gerador de 189 GW, com elevada participação de fontes renováveis como a hídrica, solar e eólica.
Do total de novas usinas solares e eólicas, quase 30% estão contratadas no ambiente regulado, e o restante, no mercado livre, segundo o ministério.
A pasta também apontou para 2023 um cenário positivo para a geração distribuída de energia, em empreendimentos de até 5 megawatts (MW), em telhados e fachadas solares. Em 2022, a "GD" mostrou forte crescimento, chegando a 16,4 GW.
(Por Letícia Fucuchima)