SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil não pode criar barreiras sanitárias, enquanto tenta conter o avanço do coronavírus, que atrapalhem a logística de produtos importantes, como remédios e alimentos, disse o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, nesta sexta-feira.
Em entrevista à Globonews, o ministro afirmou também que o governo trabalha para que os canais de escoamento, como rodovias, portos e aeroportos, continuem funcionando.
Segundo ele, o transporte de alimentos, medicamentos e combustíveis é essencial, e o governo vai propor medidas para coordenar e disciplinar ações para garantir fluxos entre Estados.
O ministro destacou que no momento de crise é importante cumprir a legislação, para que o país possa atravessar "bem" esta situação.
Freitas observou que a medida do Rio de Janeiro para fechar rodovias e aeroportos não tem validade, pois é governo federal quem regulamenta o assunto, e aeroportos e rodovias continuarão abertos, ainda que exista maior controle.
Em meio a ameaças de estivadores de Santos para uma paralisação, por causa de temores relacionados ao coronavírus, o ministro disse que o governo terá ações para preservar a saúde do trabalhador portuário, sendo que algumas com foco mais em idosos, o público mais vulnerável à doença.
Para isso, o país vai adotar política de renda mínima prevista na lei dos portos, para aqueles trabalhadores que acabarem liberados das atividades.
(Por Roberto Samora; Edição de Maria Pia Palermo)