SÃO PAULO (Reuters) - O governo brasileiro decidiu revisar o direito antidumping aplicado às importações brasileiras de cartões semirrígidos para embalagens procedentes do Chile, de acordo com circular publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial da União.
A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) considerou existirem elementos suficientes que indicam que a extinção do direito antidumping muito provavelmente levaria "à continuação ou retomada do dumping e do dano à indústria doméstica".
Durante o período de revisão de 10 meses, prorrogável por mais dois meses em circunstâncias excepcionais, as medidas antidumping que expirariam nesta quinta-feira continuam em vigor, disse a Secex.
O Brasil fechou com a empresa chilena Cartulinas CMPC, exportadora de cartões semirrígidos para embalagens, revestidos, dos tipos duplex e triplex um compromisso de preços até 2006. Desde então, foram realizadas duas revisões do direito antidumping, com renovação do compromisso de preços.
"Além de haver indícios de que o produtor/exportador chileno continuou a praticar dumping durante a vigência da medida antidumping, há indícios de existência de substancial potencial exportador, que poderia ser redirecionado ao mercado brasileiro", disse a Secex em circular.
O pedido de revisão da medida antidumping foi apresentado pelas empresas brasileiras Klabin (SA:KLBN11), Suzano Papel e Celulose (SA:SUZB3) e Papirus Indústria de Papel.
(Por Raquel Stenzel)