SÃO PAULO (Reuters) - A Native, subsidiária do grupo Balbo, líder global no mercado de açúcar orgânico, informou nesta quarta-feira que está entrando no mercado de café em cápsula, livre de químicos, de olho no forte crescimento do consumo de bebibas de dose única no país.
O consumo de café em cápsulas ainda responde por apenas 0,6 por cento do total consumido no Brasil, mas está crescendo exponencialmente e tem um valor agregado muito maior do que o tradicional produto torrado e moído.
Pesquisa da Euromonitor Internacional aponta que o mercado de café em cápsula vai atingir 2,2 bilhões de reais no país, com um crescimento de mais de 15 por cento ao ano.
"A ideia é aproveitar esse espaço no mercado e acompanhar sua expansão", afirmou a Native, por meio da assessoria de imprensa.
A empresa, que atua desde 2001 no mercado de café orgânico torrado e moído, não divulgou imediatamente o total do investimento para avançar no segmento de cápsulas.
A Native afirmou que buscará produto nas principais regiões produtoras de café arábica do Brasil, como Mogiana e Sul de Minas.
No caso da produção do açúcar, a subsidiária do grupo Balbo, proprietário da Usina São Francisco, está à frente do maior empreendimento de agricultura orgânica do Brasil, produzindo o próprio adoçante com 21,6 hectares de cana com manejo orgânico certificado, segundo informações da empresa.
Das 70 mil toneladas de açúcar orgânico que produz anualmente com a marca Native, a companhia exporta 58 mil toneladas, para mais de 60 países. "Mas é no mercado interno que a empresa vem registrando as maiores taxas de crescimento para o produto, de 28 por cento ao ano."
O Brasil é o maior produtor e exportador global de açúcar e café.
(Por Roberto Samora)