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Brent Crude abaixo de US$ 82; Brent doce leve atinge baixa de 17 meses

Publicado 04.06.2012, 04:45
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Investing.com – Os contratos futuros de petróleo Brent Crude e Brent doce leve caíram acentuadamente durante as negociações europeias da manhã desta segunda-feira, ampliando as perdas da sessão anterior, quando dados desanimadores sobre o emprego nos EUA ampliaram as preocupações com as perspectivas cada vez mais fracas de crescimento global.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros de petróleo doce leve para entrega em julho foram negociados a US$ 81,97 o barril durante as negociações europeias da manhã, caindo 1,5%.

Anteriormente, os futuros caíram até 1,75%, para US$ 81,50 por barril, a maior baixa desde 6 de outubro de 2011.

Os preços do petróleo ficaram sob pressão após o Ministério do Trabalho dos EUA ter informado, na sexta-feira, que a economia norte-americana gerou apenas 69.000 empregos em maio, o menor aumento em um ano e muito abaixo das previsões de um aumento de 150.000.

A taxa de desemprego subiu inesperadamente assinalada de 8,1% para 8,2%, o primeiro aumento em 11 meses.

A quantidade de novos empregos criados em abril foi reduzida para 77.000, partindo de uma estimativa inicial de 115.000, ao passo que o crescimento do emprego no mês de março foi revisado para 143.000, em comparação com os 154.000 relatados anteriormente.

Os traders de petróleo já vêm há muito tempo observando as indicações do relatório mensal de empregos, o indicador de emprego nos EUA que é mais frequentemente acompanhado de perto pelos traders porque oferece insights sobre a saúde econômica do maior consumidor mundial de petróleo.

Enquanto isso, dados pessimistas sobre a manufatura da China e da Europa prejudicaram as perspectivas da demanda mundial de petróleo, pesando ainda mais sobre os preços do petróleo.

O índice de gerentes de compra para a China do HSBC caiu para 48,4 em maio, em comparação com os 49,3 de abril, um sinal de que a segunda maior economia do mundo pode estar esfriando.

Uma desaceleração muito grande na China, segunda maior economia do mundo, pode prejudicar o crescimento global, que, por sua vez, já está hesitante em virtude da crise da dívida da Europa.

A atividade manufatureira na zona do euro também contraiu no ritmo mais rápido em três anos, de 45,9 em abril para 45,1 em maio, segundo o índice de gerentes de compras da Markit.

As preocupações constantes em torno da deteriorante situação financeira da Espanha, bem como os temores acerca de uma potencial saída grega da zona do euro também pesavam.

Há preocupações de que a crise da dívida soberana da região possa provocar uma ampla desaceleração econômica que pode diminuir a procura pelo petróleo. Segundo dados da British Petroleum, a zona do euro representou quase 12% do consumo global de petróleo em 2010.

Os futuros do petróleo apresentaram um rápido declínio desde que o resultado das eleições de 6 de maio na Grécia colocaram em dúvida o futuro do acordo de resgate internacional do país e alimentaram os temores de uma possível saída grega da zona do euro.

Os preços do petróleo na Nymex caíram mais de 22% nas últimas cinco semanas, a maior perda em cinco semanas desde a semana de 18 de janeiro de 2009. Os preços caíram quase 26% desde que atingiu um pico intradiário de US$ 110,53 por barril em 1 de março.

Na ICE Futures Exchange, os contratos futuros de petróleo Brent para entrega em julho caíram 1,4%, para US$ 97,03 por barril, com o spread entre os contratos Brent e o Brent Crude ficando em US$ 15,06.

No começo do dia, os preços caíram para US$ 96,63 por barril, o menor nível desde 26 janeiro de 2011.

No mês, os petróleo Brent Crude negociado em Londres caiu 17,5%, a maior perda desde maio de 2008. Os preços caíram quase 25% desde que atingiu uma alta intradiária de US$ 128,38 o barril, em 1 de março.

Uma perda potencial do fornecimento do petróleo iraniano ajudou a sustentar os fortes ganhos dos preços do petróleo durante o ano passado e o primeiro trimestre deste ano.

Mas as negociações entre o Irã e as grandes potências sobre as ambições nucleares do Teerã, junto com a crescente produção da Arábia Saudita e Líbia e sinais de um crescimento econômico norte-americano e de emprego no país mais lento, ajudaram a recuar os preços do petróleo das altas do primeiro trimestre.

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