Por Laila Kearney
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo fecharam perto de uma estabilidade nesta quinta-feira, após atingirem máximas de 2019, com a Opep destacando a necessidade de estender seu programa de cortes de produção além de junho, enquanto reduz sua previsão para a demanda do seu produto.
A incerteza sobre o progresso das negociações comerciais entre EUA e China e sobre o crescimento econômico mundial pesaram nos preços do petróleo.
O Brent alcançou pico de quatro meses, a 68,14 dólares por barril, antes de fechar a 67,23 dólares o barril, queda de 0,32 dólar ante o fechamento da quarta-feira.
Os futuros do petróleo dos EUA, ou WTI, fecharam a 58,61 dólares por barril, alta de 0,35 dólar.
Ambos os valores de referência registraram rali na quarta-feira, com dados do governo norte-americano mostrando uma surpreende queda no estoque e uma estimativa menor que a esperada para o crescimento de produção dos EUA.
Em seu relatório mensal, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo reduziu a perspectiva para a demanda por seu produto neste ano, prevendo um forte crescimento na oferta de petróleo por não membros.
Os sinais baixistas do panorama de demanda pela Opep e a crescente produção foram compensados pela aparente decisão da organização de estender seus cortes de fornecimento, acordo de membros e produtores aliados que ajudou na alta dos preços do petróleo de mais de 20 por cento neste ano.
Novas preocupações quanto à economia mundial prejudicaram os preços do produto.
Em relação às negociações comerciais com a China, o presidente norte-americano, Donald Trump, declarou nesta quinta-feira que os EUA estão indo bem, mas que não pode dizer se um acordo final será alcançado.
(Reportagem adicional de Noah Browning e Henning Gloystein)