Investing.com - O petróleo despencou nesta segunda-feira após o impasse na negociação do acordo para limitar a produção dos países da Opep.
A cotação do petróleo em Nova York cedeu 3,8% para fechar na mínima de mais de um mês aos US$ 46,88. O Brent acompanhou o movimento e perdeu mais de 4%, sendo negociado a US$ 48,55.
No final de semana, os representantes dos países da Opep receberam grandes produtores não membros do grupo para tentar traçar um cenário de redução na produção e da sobreoferta mundiais para elevar os preços da commodities. Os países não membros do grupo evitaram se comprometer com qualquer caminho enquanto não houver uma decisão clara do cartel.
A Opep não conseguiu avançar nas negociações para definir as cotas de produção e cortes por país em nova rodada de desentendimentos entre os rivais regionais Arábia Saudita e o Irã. Na tarde desta segunda-feira, representantes aprovaram um documento que define a estratégia de longo prazo, mas o anúncio não foi capaz de reduzir a pressão vendedora da commodity.
Os países da Opep surpreenderam no mês passado ao anunciar que acertaram um plano de trabalho para limitar a produção dos membros para o intervalo de 32,5 milhões de barris/dia e 33 milhões de barris/dia. O detalhamento do corte por país, contudo, seria acertado somente no encontro anual em 30 de novembro em Viena, na Austria.
Com o acordo, o petróleo começou uma escalada que mudou o patamar de negociação dos US$ 40-45/barril para os US$ 50-55.
Na última semana, contudo, o sentimento pessimista passou a predominar com declarações do Iraque de que pediria para não ser incluído no controle de cotas. O país trava uma guerra para reduzir o controle do Estado Islâmico e necessita ampliar suas receitas.
O temor do mercado é que o país, segundo maior produtor da Opep com cerca de 4,8 milhões de b/d, poderia provocar um efeito dominó e inviabilizar o acordo.