Investing.com - O petróleo fechou em forte alta nesta segunda-feira com as especulações renovadas sobre o corte de produção após comentários do presidente da Rússia, Vladimir Putin, e do ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih.
O WTI, negociado nos EUA, subiu 2,7% para fechar a US$ 51,35/barri, no seu maior valor de fim de pregão desde meados de julho de 2015.
Já o Brent, em Londres, valorizou 2,3% ou US$ 1,21 e encerrou o dia a US$ 53,14/barril, máxima desde o fim de agosto de 2015.
Mais cedo, o ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, afirmou que ‘não é impensável’ que o petróleo entre em um rali que leve a commodity até o patamar de US$ 60/b. Esse patamar que embute em ganho de cerca de 20% ao petróleo não é alcançado em Nova York desde junho de 2015.
Acrescentando otimismo ao mercado, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que o país trabalhará para aderir ao acordo de congelamento, ou até mesmo corte, da produção de petróleo organizado pela Opep.
Nesta semana, ministros dos países-membros do cartel deverão se reunir na Turquia paralelamente ao World Energy Congress. A expectativa é que os políticos avancem nos acordos secundários para cumprir a meta de redução na extração somada dos países para o intervalo 32,5 milhões e 33 milhões de barris/dia.
O acordo firmado no fim do mês passado na Argélia definiu o patamar máximo de produção dos países, que terão de discutir internamente a cota de cada um dos membros. A projeção é que o acordo definitivo seja divulgado na reunião anual da Opep marcada para 30 de novembro em Viena, na Áustria.
Em abril, uma tentativa de acordo semelhante foi barrada após a Arábia Saudita exigir a participação do Irã, que já havia negado a sua inclusão. O país persa buscava elevar sua produção para o patamar histórico de cerca de 4 milhões de barris/dia, após o fim das sanções ocidentais ao seu programa nuclear.
Desde então, os demais principais produtores de petróleo, entre eles Arábia Saudita, Iraque e Rússia aumentaram sua extração para renegociar o acordo de corte em um patamar mais elevado.
Nas últimas semanas, o Irã tem dado sinais de que chegou próximo à sua exportação histórica e de que deverá alcançar em breve seu objetivo de produção, o que abriu espaço para um acordo.