SÃO PAULO (Reuters) - A capacidade de geração de energia solar no Brasil deve crescer 25,6% em 2025, ou 13,2 gigawatts (GW), alcançando uma potência acumulada de 64,7 GW, estimou nesta quarta-feira a associação do setor Absolar.
Pelas projeções da entidade, irão puxar esse crescimento as pequenas usinas solares instaladas em telhados, fachadas e terrenos, enquadradas na modalidade de geração distribuída, com previsão de avanço de 25% ante 2024, para uma capacidade total de 43 GW no país.
Já as grandes usinas solares, classificadas como geração centralizada, deverão alcançar 21,7 GW no próximo ano, um aumento de capacidade de 27,1%.
A expansão da fonte renovável no Brasil deve representar 39,4 bilhões de reais em novos investimentos no Brasil no ano, além da geração de 396,5 mil empregos e arrecadação de mais de 13 bilhões de reais ao governo, estimou a Absolar.
A energia solar é hoje a segunda maior fonte da matriz elétrica brasileira, atrás apenas das hidrelétricas. A tecnologia ultrapassou a eólica, que também tem grande representatividade.
A geração distribuída solar se popularizou com instalações em telhados, que contam com benefícios tarifários que reduzem os custos aos consumidores.
Segundo a Absolar, uma das pautas prioritárias para o setor solar no momento é corrigir "restrições de conexão" das usinas de geração distribuída às redes das distribuidoras de energia.
Agentes do setor solar afirmam que as distribuidoras estão represando novos pedidos de conexão às suas redes, o que atrasa a instalação e o uso desses sistemas pelos consumidores. As concessionárias, por sua vez, alegam que as negativas ocorrem para evitar problemas futuros na rede.
Com a "GD", consumidores tendem a demandar menos eletricidade no mercado regulado, fazendo com que o mercado das distribuidora diminua.
Já na geração centralizada solar, a prioridade elencada pela Absolar é a solução dos "curtailments", cortes de geração determinados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Os geradores solares pedem garantia de ressarcimento por esses cortes.
"O crescimento da energia solar fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros, fatores cruciais para alavancar a economia nacional e para o atingimento dos compromissos ambientais do país", disse CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, em nota.
(Por Letícia Fucuchima)