Por Henning Gloystein
CINGAPURA (Reuters) - Os contratos futuros do carvão estão sendo negociados a 50 dólares por tonelada pela primeira vez desde 2003, conforme a queda dos preços das commodities se intensifica, e o banco de investimentos norte-americano Goldman Sachs diz que o produto nunca mais irá ganhar força suficiente para se levantar.
Os tombos nos preços do carvão e dos metais têm pesado fortemente sobre as ações das mineradoras nesta semana, lideradas pela Glencore (LONDON:GLEN), que viu suas ações caírem a uma mínima recorde de 106,35 libras (163,13 dólares) na terça-feira. As ações da Glencore acumulam baixa de 82,1 por cento desde que a companhia foi listada em 2011 e dois terços abaixo do que no começo do ano.
O índice de referência futuro do carvão alcançou suas máximas históricas em 2008, com o carvão sendo negociado acima dos 200 dólares por tonelada e, como a maioria das commodities, não retornou mais a tais cotações.
No entanto a situação para o carvão tem sido pior que para outros combustíveis, com seu declínio começando já em 2011, enquanto a atual queda do gás natural e petróleo só começou em 2014.
O Goldman Sachs disse que o carvão está em declínio terminal.
"A indústria não precisa de um novo investimento dado a habilidade dos ativos existentes em satisfazer a demanda, assim os preços continuarão sob pressão enquanto o ciclo deflacionário continua", disse o Goldman.