PEQUIM (Reuters) - Produtores de commodities da China, lidando com dificuldades pelo excesso de produção e preços baixos, voltaram-se para mercados externos em ritmo recorde no mês passado, visando encontrar destino para produtos como alumínio, combustíveis e aço, mostraram dados nesta terça-feira.
As refinarias chinesas exportaram uma quantidade recorde de combustíveis, processadores de alumínio venderam sua segunda maior quantidade de produtos e fabricantes de aço aumentaram as exportações em 22 por cento, para 102 milhões de toneladas no período de janeiro a novembro, estabelecendo um nova marca histórica, de acordo com dados de alfândega preliminares.
Os números provavelmente aumentarão as preocupações de que a segunda maior economia do mundo está exportando o excesso de produção em um mercado global já saturado, acelerando a degradação dos preços.
"Nós achamos que uma dinâmica de longo prazo está se desenrolando: a China está exportando seu excedente de oferta para o Ocidente", disse Daniel Hynes, analista da ANZ, referindo-se ao aumento de 15 por cento em produtos de alumínio, para 450 mil toneladas em novembro.
Analistas esperam que as exportações da China permaneçam firmes com os produtores tentando mitigar os fracos mercados domésticos, embora o ritmo possa desacelerar com as fundições diminuindo a produção por causa dos preços baixos. O Citigroup disse que cerca de 1,6 milhão de toneladas de capacidade anual foram fechadas desde outubro.