PEQUIM (Reuters) - A China colocou em operação sua maior linha de transmissão de energia de ultra-alta tensão (EHV, na sigla em inglês), conectando a região de Xinjiang, no extremo oeste, à província de Anhui, ao leste, noticiou na terça-feira a agência estatal Xinhua.
O projeto visa ajudar a atender a crescente demanda por energia nas regiões industrializadas do leste, além de reduzir a quantia de eletricidade desperdiçada no oeste.
Como parte da campanha antipoluição de Pequim, novas usinas movidas a carvão foram banidas no leste do país para melhorar a qualidade do ar.
A linha de transmissão, de 3.324 quilômetros, com tensão de 1.100 quilovolts (kV), foi projetada para transmitir 66 bilhões de quilowatts-hora (kWh) de eletricidade por ano, segundo a Xinhua.
A China vem construindo linhas de transmissão de eletricidade entre diferentes regiões, especialmente com projetos de ultra-alta tensão, que possuem maior capacidade de transportar energia com menores perdas em relação às linhas comuns.
De acordo com a elétrica State Grid, até o final de junho o país possuía 18 linhas de ultra-alta tensão que somavam 27.570 km em extensão.
A Administração Nacional de Energia aprovou no último mês de setembro 12 projetos de transmissão de ultra-alta tensão, voltamos ao transporte da eletricidade gerada por usinas de fontes renováveis localizadas no oeste da China para as regiões leste e central.
Até o final de 2018, a capacidade de transmissão entre regiões na China era de 136 GW, de acordo com dados do Conselho de Eletricidade do país.
(Reportagem de Muyu Xu e Dominique Patton)