PEQUIM (Reuters) - A China, segundo maior consumidor de milho do mundo, está se preparando para retomar a construção de usinas de etanol à base do cereal, depois de quase uma década de proibição, em um movimento que pode ajudar o país a absorver os estoques recordes do grão, disseram fontes da indústria.
Pequim suspendeu o etanol de milho no final de 2006 por preocupações sobre a segurança alimentar, quando os preços da commodity estavam mais altos no mercado interno.
A China, desde então, passou a usar o sorgo, mandioca e outros grãos para produzir etanol, mas a expansão foi limitada pela escassez de matérias-primas não alimentícias.
A retomada do plano pode focar milho de pior qualidade, enquanto a expansão da produção do combustível menos poluente poderia ajudar o país a reduzir emissões de carbono, segundo especialistas.
A China é o terceiro produtor de etanol do mundo, depois dos Estados Unidos e do Brasil, com uma produção de 2,27 milhões de toneladas no ano passado.
Estimativas do setor indicam que cerca de um quinto da gasolina da China tem atualmente mistura de etanol.
Os governos locais apresentaram propostas para construir mais de um milhão de toneladas em capacidade anual de produção de etanol à base de milho, principalmente nas províncias de Heilongjiang, Jilin e Liaoning, no nordeste do país, disse uma fonte da indústria.
Os planos ainda estão pendentes de aprovação pela Comissão de Reforma e Desenvolvimento Nacional (NDRC), disse a fonte.
(Por Niu Shuping e Chen Aizhu)