PEQUIM (Reuters) - O Ministério da Agricultura da China disse nesta quinta-feira que está reduzindo sua projeção para o consumo de milho no ano-safra 2019/20, em meio a surtos de peste suína africana pelo país.
Segundo a pasta, a previsão para o consumo de milho foi reduzida em 2 milhões de toneladas frente à do mês anterior, para 280 milhões de toneladas, devido a uma grande redução do rebanho suíno do país que impactou a demanda por ração.
A peste suína africana é fatal para os porcos, mas não causa mal a seres humanos.
A China disse que seu rebanho de matrizes caiu em 23,9% em maio ante o mesmo mês do ano anterior, um recorde, mas alguns estimam que o número real pode ser o dobro disso.
Embora a demanda vá ser menor, o país também plantou menos milho, disse o ministério em um relatório mensal, devido a uma mudança maior que a esperada nos tipos de safras sendo cultivadas.
O governo chinês tem encorajado um menor plantio de milho em algumas áreas no extremo norte em benefício de um maior plantio de soja. Essa tendência reduziu o tamanho estimado da safra de milho em 920 mil toneladas, para 253 milhões de toneladas.
O ministério também afirmou que a província de Yunnan, ao sudeste, continua a sofrer com uma seca, enquanto tanto a safra de cana de açúcar quanto a de beterraba sacarina na Mongólia Interior têm sofrido com pestes.
(Por Dominique Patton)