Por Kate Abnett
BRUXELAS (Reuters) - O ano passado foi o quinto mais quente já registrado, enquanto os níveis de gases aquecedores do planeta, como o dióxido de carbono e o metano, chegaram a novos patamares recordes em 2021, afirmaram cientistas da União Europeia.
O Serviço Copérnico de Mudanças Climáticas da UE (C3S) anunciou em um relatório nesta segunda-feira que os últimos sete anos foram os mais quentes do planeta por uma "margem clara" em registros que datam desde 1850, e a temperatura global média em 2021, foi entre 1,1 e 1,2º Celsius acima dos níveis de 1850 a 1900.
Os anos mais quentes já registrados até hoje foram 2020 e 2016.
Vários países estão comprometidos com o Acordo de Paris de 2015 para limitar o aumento das temperaturas globais em 1,5ºC, nível que, segundo os cientistas, vai evitar os piores impactos do aquecimento global. A meta requer que as emissões sejam cortadas pela metade até o ano de 2030, mas até agora, elas só aumentaram.
Conforme as emissões alteram o clima do planeta, a tendência de aquecimento no longo prazo continua. As mudanças climáticas exacerbaram muitos dos eventos climáticos extremos que marcaram o mundo em 2021, desde inundações na Europa, China e Sudão do Sul, aos incêndios florestais nos Estados Unidos.
"Esses eventos são um forte lembrete da necessidade de mudarmos nosso modo de vida, e de tomarmos medidas decisivas e eficientes em direção a uma sociedade sustentável e o trabalho em direção à redução de emissões líquidas de carbono", afirmou o diretor do C3S Carlo Buontempo.
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(Reportagem de Kate Abnett)