Investing.com – O petróleo West Texas Intermediate reduzia as perdas nas negociações da América do Norte desta quinta-feira em uma reação inicial após dados mostrarem que os estoques de petróleo nos EUA registraram uma redução maior do que se esperava.
Contratos de petróleo bruto com vencimento em fevereiro na Bolsa Mercantil de Nova York recuavam US$ 0,19, ou cerca de 0,30%, e o barril era negociado a US$ 63,78 às 14h02, em comparação com US$ 63,49 antes do relatório.
A Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês) afirmou em seu relatório semanal que os estoques de petróleo bruto tiveram redução de 6,861 milhões de barris na semana que se encerrou em 12 de janeiro. Analistas de mercado esperavam que os estoques de petróleo bruto tivessem redução de 3,536 milhões de barris, ao passo que o Instituto Americano de Petróleo informou na quarta-feira uma diminuição de 5,121 milhões de barris no abastecimento.
O Estoque em Cushing, Oklahoma, o principal ponto de entrega para o petróleo bruto da Nymex, teve redução de 4,184 milhões de barris na semana passada, informou a EIA. O total dos estoques de petróleo bruto nos EUA ficou em 412,7 milhões de barris na semana passada, o que a EIA considera estar "no meio da faixa média para esta altura do ano".
O relatório também mostrou que os estoques de gasolina tiveram aumento de 3,620 milhões de barris, em comparação às expectativas de 3,426 milhões de barris de aumento, ao passo que estoques de destilados tiveram aumento de 3,887 milhões de barris, em comparação com projeções de 0,086 milhão de aumento.
O relatório foi divulgado um dia após o normal devido ao feriado do Dia de Martin Luther King nos EUA na segunda-feira.
Dessa forma, o ágio do Brent em relação ao WTI se fixava em US$ 6,30 o barril às 14h15, em comparação à diferença de US$ 5,41 no fechamento do pregão de quarta-feira.
A cotação do petróleo subiu cerca de 13% desde o início do dezembro, favorecida por esforços de cortes conduzidos pela produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e pela Rússia. Em dezembro, os produtores concordaram em estender os atuais cortes na produção de petróleo até o final de 2018.
O pacto para cortar a produção de petróleo em 1,8 milhão de barris por dia foi adotado no último inverno pela Opep, Rússia e outros nove produtores globais. O acordo deveria acabar em março de 2018, uma vez que já teve uma extensão.
Analistas e investidores alertaram recentemente que produtores de shale oil nos EUA poderiam elevar a produção nas próximas semanas uma vez que eles buscam tirar proveito dos preços mais altos, possivelmente afetando os esforços da Opep para reduzir o excesso de oferta.
De fato, nesta quinta-feira, a Opep elevou sua projeção de oferta de petróleo de países externos à organização em 2018. Em seu relatório mensal, o cartel afirmou que produtores externos à organização poderiam elevar a oferta em 1,15 milhões de barris por dia neste ano, maior do que a expectativa prévia de 990.000.
"Preços mais altos do petróleo levam mais oferta ao mercado, particularmente na América do Norte e, especificamente, petróleo apertado", afirmou a Opep no relatório, utilizando um outro termo para o shale oil.
Ainda na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em fevereiro recuavam US$ 0,003 para US$ 1,8664 o galão às 14h19, ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimento com vencimento em fevereiro tinham perdas de US$ 0,007 e eram negociados por US$ 2,0617 o galão.
Contratos futuros de gás natural com vencimento em fevereiro recuavam US$ 0,153 para US$ 3,079 por milhão de unidades térmicas britânicas.