SÃO PAULO (Reuters) - A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu nesta terça-feira sua projeção de safra de milho do país em 600 mil toneladas na comparação com a previsão de julho e cortou a expectativa de exportações do cereal no ano em 2 milhões de toneladas, em momento em que o país enfrenta uma escassez de oferta após uma severa quebra de safra pela seca.
A colheita de milho do país 2015/16 foi projetada em 68,5 milhões de toneladas, redução de quase 20 por cento na comparação com a temporada passada, com a estiagem afetando as lavouras da segunda safra em importantes regiões produtoras do país.
A segunda safra foi projetada em 42,6 milhões de toneladas, queda de 22 por cento na comparação anual, apontou a Conab.
Já as exportações de milho do Brasil, um dos maiores exportadores globais, foram projetadas em 20 milhões de toneladas, ante 22 milhões na estimativa anterior e contra um recorde de 30,2 milhões na temporada passada.
A colheita de milho está caminhando para o final, enquanto produtores se preparam para o plantio da safra 2016/17.
Já a safra de soja do Brasil, que responde pela maior parte da produção de grãos do país, foi estimada nesta terça-feira em 95,4 milhões de toneladas em 2015/16, ante 95,6 milhões na previsão de julho, versus um recorde de 96,2 milhões na temporada passada.
Já a produção de trigo continua sendo estimada em um recorde de 6,2 milhões de toneladas, apesar de uma ligeira redução na estimativa. Na comparação com a temporada passada, se o clima continuar colaborando, a produção pode crescer 12 por cento.
Dessa forma, a safra total de grãos e oleaginosas do Brasil 2015/16 foi projetada em 188,1 milhões de toneladas, ante 189,3 milhões na previsão de julho. Na temporada passada, o Brasil colheu 207,8 milhões de toneladas.
(Por Roberto Samora)