Consumo de eletricidade em residências em 2015 tem 1° queda desde racionamento, diz EPE

Publicado 01.02.2016, 11:44
Atualizado 01.02.2016, 11:50
© Reuters.  Consumo de eletricidade em residências em 2015 tem 1° queda desde racionamento, diz EPE

SÃO PAULO (Reuters) - O consumo médio de energia elétrica nas residências do Brasil caiu 3,2 por cento em 2015 ante o ano anterior, na primeira retração desde 2001 e 2002, quando o país enfrentou racionamento, afirmou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em boletim nesta segunda-feira.

Já o consumo de eletricidade total do país somou 464,7 mil gigawatts-hora em 2015, com redução de 2,1 por cento ante 2014, apontou a EPE, que atribuiu o desempenho principalmente à retração de 5,3 por cento no consumo industrial.

A EPE, órgão do Ministério de Minas e Energia, disse que a queda do consumo industrial, que somou 169,6 gigawatts-hora, está associada a um "cenário econômico desfavorável ao longo do ano" que culminou em um recuo de 7,7 por cento no quarto trimestre --"o mais forte já anotado para este período em toda a série de consumo iniciada em 2004".

Dentre 13 segmentos industriais acompanhados, apenas o de extração de minerais metálicos teve alta no consumo (10 por cento), enquanto os demais tiveram retração, com destaque para os setores de metalurgia (-12,5 por cento), automotivo (-10,9 por cento), produtos de metal (-10,3 por cento) e têxtil (-9,9 por cento).

No consumo residencial, a queda acumulada em 2015 foi de 0,7 por cento, atribuída pela EPE ao quadro econômico adverso e à elevação das tarifas, que chegou a ser superior a 40 por cento em diversas distribuidoras de energia.

Já o consumo médio das residências caiu 3,2 por cento ante 2014, na primeira variação negativa desde 2002 e 2001, quanto o país passava por racionamento que estabeleceu uma redução compulsória de consumo de 20 por cento nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e em parte do Norte.

Desde 2004, segundo a EPE, o consumo médio residencial vinha crescendo a uma média de 2 por cento ao ano.

Já o segmento comercial foi o único a apresentar alta no ano, de 0,6 por cento, ainda assim apontado como pior desempenho da classe desde 2004, quando a EPE iniciou os levantamentos.

(Por Luciano Costa)

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