Por José Roberto Gomes
RIBEIRÃO PRETO (Reuters) - O consumo de etanol hidratado em Minas Gerais, Estado com a segunda maior frota de veículos do país, está atualmente em “equilíbrio” frente a produção, disse nesta terça-feira o presidente da associação mineira das indústrias sucroenergéticas (Siamig), Mário Campos.
"No passado, a oferta era muito maior que a demanda, mas isso mudou com a redução do ICMS sobre o etanol. Hoje estamos em um ponto equilíbrio entre produção e consumo”, disse ele, durante evento promovido pela consultoria Canaplan, em Ribeirão Preto (SP)
Ele acrescentou que a demanda mensal por etanol no Estado alcançou cerca de 150 milhões de litros em setembro.
Minas Gerais reduziu a alíquota de ICMS incidente sobre etanol hidratado, de 19 para 14 por cento, e elevou de 27 para 29 por cento a que recai sobre a gasolina, no início de 2015. O diferencial de 15 pontos percentuais é o maior do país.
À época, o consumo de etanol no Estado era inferior a 100 milhões de litros por mês.
SAFRA DE CANA
Conforme Campos, o Siamig revisou para cima a projeção de moagem de cana no Estado na safra 2018/19, para 64 milhões de toneladas, ante 61 milhões de toneladas previstas anteriormente.
"Tivemos resultados muito bons no Triângulo Mineiro após chuvas interessantes em abril e maio", explicou, lembrando que na temporada 2016/17 Minas Gerais processou 63,5 milhões de toneladas de cana.
O reajuste nas estimativas do Siamig segue o feito também nesta terça-feira pela consultoria Canaplan para todo o centro-sul do Brasil.
Minas Gerais é o terceiro maior produtor de cana do país, atrás de São Paulo e Goiás, e conta com 34 unidades produtoras, de acordo com o presidente do Siamig.