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Consumo de gás no Brasil cai no 1º tri com recessão econômica, diz Abegás

Publicado 25.05.2016, 17:03
Consumo de gás no Brasil cai no 1º tri com recessão econômica, diz Abegás
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RIO DE JANEIRO (Reuters) - O consumo de gás natural no Brasil caiu 15 por cento no primeiro trimestre do ano ante o mesmo período de 2015, como reflexo da recessão da economia, que reduziu a demanda industrial e de térmicas pelo insumo, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás).

Nos três primeiros meses do ano, o volume de gás vendido no país somou 64,1 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), ante 75,4 milhões de m³/d um ano antes, de acordo com estudo mensal realizado pela Abegás, obtido pela Reuters.

Em março, o consumo de gás caiu 28,8 por cento ante o mesmo mês de 2015, para 57,2 milhões de m³/d.

O estudo analisa informações de concessionárias em 20 unidades da federação, acompanhando dados na indústria e nos segmentos residencial, comercial, automotivo, cogeração e termogeração, dentre outros.

A principal queda no trimestre foi do consumo termelétrico, que é o segundo principal mercado consumidor de gás natural no país, que recuou 22,4 por cento ante o mesmo período do ano anterior, para 23,7 milhões de m³/d.

A segunda maior queda no período foi do consumo industrial, principal mercado consumidor do país, com redução de 10,26 por cento, para 25,33 milhões de m³/d.

"A queda no consumo do segmento industrial... é um claro reflexo desse momento de crise. Mas acreditamos que esse panorama vai mudar e o gás natural é um insumo estratégico para a retomada do crescimento econômico", afirmou, em nota, o presidente-executivo da Abegás, Augusto Salomon.

Em contrapartida, o consumo de gás natural comercial e residencial evitaram uma queda maior no trimestre, refletindo uma expansão das redes de distribuição, segundo a Abegás.

Entre janeiro e março, o consumo residencial cresceu 21,35 por cento, para 850,87 mil m³/d, enquanto o consumo comercial cresceu 6,61 por cento, para 765,38 mil m³/d.

(Por Marta Nogueira; edição de Roberto Samora)

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