Investing.com - Contratos de gás natural dos EUA ampliaram ganhos pela terceira sessão nesta quarta-feira, atingindo a máxima de quatro semanas, com o estímulo de previsões de aumento da demanda no final do inverno.
Contratos futuros de gás natural dos EUA avançavam US$ 0,035, ou cerca de 1,3%, sendo negociados a US$ 2,784 por milhão de unidades térmicas britânicas às 11h10. Mais cedo durante a sessão, chegaram a US$ 2,788, seu melhor nível desde 5 de fevereiro.
A commodity teve ganhos em torno de 1,7% na última terça-feira pois um modelo atualizado de previsão do tempo indicava permanência de clima mais frio no leste dos EUA até meados de março.
Apesar dos ganhos recentes, especialistas do mercado alertaram que os contratos futuros deverão permanecer vulneráveis no curto prazo uma vez que o período mais frio do inverno já passou.
A cotação do gás natural está em baixa de quase 25% desde o final de janeiro em meio a especulações de que o final da temporada de aquecimento de inverno irá trazer temperaturas mais quentes em todo o território dos EUA e irá reduzir a demanda pelo combustível.
A primavera é normalmente o período de demanda mais fraca de gás natural nos EUA, já que a ausência de temperaturas extremas reduz a demanda de aquecimento e de ar condicionado.
A temporada de aquecimento de novembro a março marca o pico do período de demanda para consumo de gás nos EUA.
Enquanto isso, participantes do mercado aguardam os dados semanais dos estoques na próxima quinta-feira, que deverão demonstrar um aumento na faixa entre 54 e 68 bilhões de pés cúbicos na semana encerrada em 2 de março.
Isso se compara a uma redução de 78 bilhões de pés cúbicos na semana anterior, 68 bilhões no ano anterior e uma redução média de cinco anos de 129 bilhões de pés cúbicos.
O total de gás natural em estoque atualmente chega a 1,682 trilhões de pés cúbicos de acordo com a Administração de Informação de Energia dos EUA.
Esse número é 680 bilhões de pés cúbicos, ou cerca de 28,8%, menor do que os níveis neste período do ano em comparação a um ano atrás e 372 bilhões de pés cúbicos, ou cerca de 18,1%, abaixo da média de cinco anos referente a este período do ano.