(Reuters) - Um corte coordenado de produção entre produtores de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia é "bastante improvável", uma vez que o acordo demandaria uma maior cooperação entre países do grupo em um momento em que o Irã eleva produção e acirra disputas com a Arábia Saudita, avaliou o banco Goldman Sachs.
Além disso, cortes coordenados seriam "um tiro no pé", já que preços mais elevados, acima de 40 dólares, poderiam tornar viáveis novamente poços de petróleo de xisto que foram fechados anteriormente, disse o banco no domingo.
Os preços do petróleo se recuperaram na semana passada, após tocarem mínimas de 12 anos, com indicações de que poderiam ocorrer negociações entre autoridades russas, sauditas e de outros membros da Opep para cortar a produção em 5 por cento.
"Nós reiteramos nossa visão de que os preços precisam permanecer baixos o suficiente para forçar os fundamentos a criarem um ajuste novamente rumo a uma equilíbrio", disseram analistas do Goldman em nota.
(Por Apeksha Nair, em Bengaluru)