Investing.com - A cotação do petróleo continuava a subir nesta sexta-feira, impulsionada por notícias de que os cortes na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e da Rússia poderiam ser estendidos para 2019.
Contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) avançavam 0,58% para US$ 64,67 o barril às 06h37. Contratos futuros de petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, avançavam US$ 0,22, ou 0,32%, para US$ 69,13 o barril.
Khalid al-Falih, ministro de energia da Arábia Saudita, afirmou na quinta-feira que os membros da Opep precisarão continuar a coordenar com a Rússia e outros países produtores externos à organização a respeito de restrições à oferta em 2019 para reduzir a sobreoferta global de petróleo.
A Opep, da qual a Arábia Saudita é líder de fato, tem reduzido a produção em 1,8 milhão de barris por dia para impulsionar os preços do petróleo. O pacto começou em janeiro de 2017 e deverá vencer no final de 2018, mas a Arábia Saudita parece pressionar por uma extensão.
A cotação do petróleo está presa entre o acordo de oferta da Opep e o aumento na produção do petróleo dos EUA. Investidores se preocupam com o fato de que um aumento na produção de petróleo dos EUA poderia afetar os esforços feitos pela Opep para reduzir o excesso de oferta.
A produção norte-americana chegou ao novo recorde de 10,4 milhões de barris por dia na semana passada, representando um obstáculo aos esforços da Opep para controlar a oferta. Os EUA já ultrapassaram a Arábia Saudita em termos de produção e deverão ultrapassar a Rússia e se tornarem o principal produtor do mundo no final de 2018, com uma produção de mais de 11 milhões de barris por dia.
Enquanto isso, investidores aguardam a contagem de sondas da Baker Hughes, que é um indicador importante sobre a produção de petróleo e a demanda de derivados de petróleo. A contagem, divulgada normalmente às 15h00, dará aos investidores indícios sobre a produção norte-americana, já que o número de sondas em atividade nos EUA tem crescido nos últimos meses.
Em outras negociações de energia, contratos futuros de gasolina avançavam 0,40% para US$ 2,0165 o galão, ao passo que o óleo de aquecimento tinha alta de 0,30% e era negociado a US$ 1,9954 o galão. Contratos futuros de gás natural recuavam 0,27%, para US$ 2,613 por milhão de unidades térmicas britânicas.