Investing.com - A cotação do petróleo caía, mas se mantinha perto da máxima de duas semanas nesta segunda-feira, ainda com o apoio dos planos da Arábia Saudita de continuar a reduzir os níveis de produção enquanto os dados dos estoques dos EUA divulgados na semana passada continuavam a dar sustentação.
O contrato com vencimento em abril do petróleo bruto West Texas Intermediate recuava US$ 0,35 para US$ 63,22 o barril por volta do meio-dia, descolando-se de US$ 63,73, máxima de duas semanas e meia atingida na sexta-feira.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em abril na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres recuavam US$ 0,36, ou cerca de 0,52%, e o barril era negociado a US$ 66,69 após terem atingido, na sexta-feira, US$ 67,37, pico de mais de duas semanas.
Os preços do petróleo ganharam força após Khalid al-Falih, ministro do petróleo da Arábia Saudita, ter afirmado durante o fim de semana que a produção de petróleo do país entre janeiro e março ficaria bem abaixo dos limites de produção, com exportações em uma média abaixo de 7 milhões de barris por dia.
Falih acrescentou ter expectativas de que produtores globais consigam criar uma estrutura permanente para estabilizar os mercados de petróleo após o acordo atuais de cortes na produção acabar neste ano.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e alguns países externos à organização liderados pela Rússia concordaram em dezembro com a extensão dos cortes na produção de petróleo até o final de 2018.
O pacto para cortar a produção de petróleo em 1,8 milhão de barris por dia foi adotado no último inverno pela Opep, Rússia e outros nove produtores globais. O acordo deveria acabar em março de 2018, uma vez que já teve uma extensão.
A commodity também mantinha sustentação depois de ter subido após a Administração de Informação de Energia dos EUA ter informado na semana passada que os estoques de petróleo tiveram redução de 1,6 milhão de barris, o que se compara a expectativas de aumento de cerca de 1,8 milhão de barris.
Investidores deixavam de lado o mais recente relatório da Baker Hughes, empresa prestadora de serviços de energia, que foi divulgado na sexta-feira e mostrou que as empresas de energia dos EUA colocaram em atividade mais uma sonda de petróleo na semana passada, o que levou a contagem total a 799, nível mais alto desde abril de 2015.
Além disso, contratos futuros de gasolina recuavam 0,16% para US$ 1,987 o galão, ao passo que os contratos futuros de gás natural avançavam 0,53% para US$ 2,6716 por milhão de unidades térmicas britânicas.