Investing.com - As cotações do petróleo se recuperavam nesta quinta-feira, com o Brent subindo acima dos US$ 62 o barril, com novos sinais de progresso nas negociações comerciais sino-americanas alimentando otimismo para o fim da prolongada guerra comercial que deprimiu o crescimento global e as perspectivas de demanda de energia.
A China declarou na quinta-feira que concordava com os Estados Unidos em remover tarifas em fases, sem especificar um cronograma.
Um acordo pode ser assinado este mês pelo presidente dos EUA Donald Trump e pelo presidente chinês Xi Jinping em um local ainda a ser determinado.
A disputa comercial levou os analistas a reduzir as previsões para a demanda de petróleo e levantou preocupações de que um excesso de oferta pudesse se desenvolver em 2020. O petróleo caiu na quarta-feira, em parte devido às preocupações de que um acordo comercial entre EUA e China possa atrasar.
"Hoje começamos com um conjunto diferente de manchetes de que chegaram a um acordo sobre a estrutura", disse Olivier Jakob, analista de petróleo da Petromatrix. "Isso é definitivamente o que apóia os preços".
O West Texas Intermediate subia US$ 0,76 ou 1,3%, a US$ 57,09 por barril às 10h11 (horário de Brasília).
O petróleo Brent de Londres subia US$0,77 ou 1,3%, para US$ 62,51.
As cotações do petróleo se estabilizaram em valores mais baixos na quarta-feira, depois que a Administração de Informações sobre Energia dos EUA (EIA, sigla em inglês) relatou um aumento acima do esperado no petróleo Crú dos EUA na semana passada. Os estoques de petróleo bruto subiram 7,9 milhões de barris, segundo o EIA, muito mais do que a quantidade de 1,5 milhão de barris esperada pelos analistas.
As cotações do petróleo foram sustentados por um acordo entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, incluindo a Rússia, para limitar o fornecimento até março do próximo ano. Os produtores se reúnem nos dias 5 e 6 de dezembro em Viena para revisar a política.
O secretário-geral da Opep, Mohammad Barkindo, declarou nesta semana que está mais otimista com as perspectivas para 2020 por causa da evolução das disputas comerciais, parecendo subestimar qualquer necessidade de reduzir mais profundamente a produção.
--A Reuters contribuiu para esta matéria