SÃO PAULO (Reuters) - A previsão de crescimento da carga de energia do Brasil em 2019 foi revisada para baixo, devido à recuperação econômica lenta do país, informaram em comunicado conjunto nesta quarta-feira a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Segundo a nota das entidades, a projeção de avanço da carga energética neste ano foi reduzida para 2,7%, contra 3,4% previstos anteriormente. Entre as justificativas, estão a diminuição da expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 e a redução das projeções para a indústria.
Os órgãos também atualizaram suas estimativas para o avanço da carga energética até 2023, reduzindo a previsão para 2020, mas aumentando levemente as perspectivas para os três anos seguintes.
Para o ano que vem, é vista uma alta de 3,7%, contra 3,8% anteriores. Já para 2021, prevê-se um crescimento de 3,7% (ante 3,6% prévios), enquanto 2022 deve ter avanço de 3,8% (+3,7% antes) e 2023, de 4,1% (+4% prévios).
As entidades justificaram a revisão para cima a partir de 2021 com uma maior confiança na economia, que deve atrair investimentos especialmente em infraestrutura, e com uma atividade mais aquecida impactando positivamente o consumo das famílias.
(Por Gabriel Araujo; edição de Roberto Samora)