Apesar de o preço do petróleo continuar na casa dos US$ 90, a defasagem do preço do diesel cobrado pela Petrobras (BVMF:PETR4) nas refinarias em relação ao mercado internacional disparou para 17% no fechamento de sexta-feira, 13, contra os 12% do dia anterior, informa a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Nos polos atendidos pela Petrobras, a diferença do diesel em relação ao mercado internacional era de menos R$ 0,75 por litro.
Em média, o diesel está com uma defasagem de 15% no Brasil, levando em conta os preços das refinarias privadas, com destaque para a Refinaria de Mataripe, na Bahia, a única relevante no mercado pelo seu porte. Na unidade baiana, o diesel está com o preço 7% abaixo do mercado internacional.
Já o preço da gasolina continua praticamente alinhado com o mercado externo em todas as refinarias brasileiras, com uma leve diferença para baixo, de 1%, o que poderia gerar um aumento de R$ 0,04 por litro.
"Apesar da estabilidade no câmbio, os preços de referência da gasolina e do óleo apresentaram valorização no mercado internacional no fechamento de sexta, o cenário médio de preços está abaixo da paridade para o óleo diesel e tecnicamente na paridade para gasolina", explica a Abicom.
Na Refinaria de Mataripe a gasolina está sendo vendida ao mesmo preço do Golfo do México, usado como parâmetro por importadores. A unidade faz reajustes semanais dos seus produtos, enquanto a Petrobras tem evitado trazer a volatilidade do mercado para os postos de abastecimento.
O último reajuste da estatal foi em 16 de agosto passado, mas o presidente da companhia, Jean Paul Prates, declarou recentemente que a companhia está avaliando se haverá mais alguma mudança de preços até o final do ano.