Datagro - Representantes do agronegócio dos setores público e privado estiveram reunidos na sede da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) para falar sobre o abastecimento de milho no Estado. Atualmente, Santa Catarina produz em média três milhões de toneladas de milho por ano e utiliza sete milhões na alimentação de suínos e aves.
“Temos um déficit que ultrapassa 55% da demanda, que tem sido suprida com milho que vem de longe. Temos buscado no norte do Mato Grosso, com distâncias que chegam a dois mil quilômetros e o transporte é feito via caminhões”, ressalta, em nota, o secretário da Agricultura, Airton Spies.
Segundo Spies, há algumas alternativas que devem ser trabalhadas para minimizar os efeitos do déficit de milho: aumentar a produção do milho no estado através da elevação da produtividade, investir no aumento da capacidade de armazenagem; usar outros grãos para completar a alimentação dos animais, como trigo e cevada, e investir em ferrovias.
Também presente no debate, o diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA,) Ariel Mendes, desta os riscos no déficit da produção do milho.
“Partimos da avaliação de que se não for resolvido o problema do milho, Santa Catarina vai perder competitividade. Aqui estão as melhores plantas, que exportam para os melhores mercados mundiais. Este é um patrimônio que temos que preservar”, destaca. Ariel reforça ainda a importância de pensar em rotas alternativas para a importação do grão e também da organização das agroindústrias para a compra antecipada de milho.