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Diretor do ONS diz que não há como culpar fontes de energia ou agentes por apagão

Publicado 29.08.2023, 12:22
© Reuters. Linhas de transmissão de energia em fazenda de café em Santo Antônio do Jardim
06/02/2014 REUTERS/Paulo Whitaker

Por Letícia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) - O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, disse que não há como atribuir culpa pelo apagão ocorrido no Brasil neste mês a fontes de geração de energia ou a agentes do setor elétrico.

Em reunião na Câmara dos Deputados nesta terça-feira, Ciocchi afirmou ainda que não houve "falha de informações" prestadas por agentes sobre o desempenho técnico de equipamentos que teriam contribuído para o apagão.

Em relatório divulgado na noite de sexta-feira, o órgão já havia apontado que, além da falha em uma linha de transmissão da Chesf no Ceará, os reguladores de tensão de parques de geração próximos à linha não funcionaram conforme esperado.

Esses eventos, juntos, levaram à perda de mais de 22 gigawatts (GW) de carga em 15 de agosto, afetando o fornecimento de energia elétrica em praticamente todo o país.

Em seu último reporte, o ONS apontava que as informações passadas pelos geradores na entrada em operação das usinas no Ceará eram "diferentes" do desempenho apresentado em campo.

Nesta terça-feira, Ciocchi disse não culpar os agentes por um erro de informações técnicas. Segundo ele, o que ocorreu foi que, quando entraram em funcionamento, os equipamentos não apresentaram o desempenho exigido.

"Não é que eles nos informaram errado, é que na realidade as coisas estão acontecendo de forma diferente. Há que avaliar, são diferentes fornecedores, diferentes fabricantes, diferentes localizações, diferentes configurações desses equipamentos".

Também presente na reunião com deputados, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a dizer que o apagão ocorrido neste mês não esteve relacionado a um problema de falta de suprimento de energia.

"Nós sabemos e vamos impedir novos apagões no Brasil por falta de planejamento. Nós não deixaremos que o Brasil chegue ao ponto que chegou há dois anos", afirmou o ministro, ao comentar sobre a crise hídrica de 2021 que prejudicou a geração hidrelétrica e trouxe riscos de racionamento ao país.

© Reuters. Linhas de transmissão de energia em fazenda de café em Santo Antônio do Jardim
06/02/2014 REUTERS/Paulo Whitaker

Silveira afirmou ainda aos deputados que o governo vai enviar um projeto para "mexer com as bases" do setor elétrico, em referência à proposta de um novo marco regulatório para reduzir o ônus ao consumidor de energia do mercado regulado.

Ele não comentou, porém, sobre prazos para encaminhamento do projeto pelo governo.

(Por Letícia Fucuchima)

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