SÃO PAULO (Reuters) - Distribuidoras de gás natural do Brasil devem concluir nas próximas duas ou três semanas estudos para traçar estratégias para a negociação do gás boliviano, enviado ao país via gasoduto Bolívia-Brasil, cujo contrato com a Petrobras (SA:PETR4) caminha para vencer em 2019, afirmou nesta quarta-feira a diretora do departamento de gás natural do Ministério de Minas e Energia, Symone Araujo.
Hoje, a Petrobras compra o gás da Bolívia e entrega às distribuidoras, que passarão a ter participação nas negociações com os bolivianos.
Diante de suas dificuldades financeiras, a estatal busca reduzir progressivamente a sua participação na indústria de gás natural, principalmente em ativos ligados à infraestrutura.
Symone explicou que o ministério será responsável por coordenar as negociações entre as empresas, o que considera razoável já que se tratam de negociações entre dois países.
"O MME foi o primeiro a convidar as distribuidoras para um encontro em janeiro passado... as distribuidoras contrataram alguns estudos, eu acho que nas próximas duas ou três semanas as distribuidoras vão apresentar um desenho de como elas imaginam que pode ser essa nova participação", afirmou durante evento no Rio de Janeiro.
A diretora do ministério evitou fazer previsões sobre quais serão os volumes importados pela Petrobras e distribuidoras.
Ela destacou que esses detalhes devem estar explicados no próximo Plano de Negócios e Gestão da petroleira.
(Por Marta Nogueira)