SÃO PAULO (Reuters) - A estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reduziram a projeção de crescimento no consumo de energia elétrica no Brasil neste ano para uma alta de 0,8 por cento ante 2016, frente a uma expansão de 2 por cento esperada em maio.
Em boletim nesta terça-feira, os órgãos do setor elétrico informaram que o consumo deve fechar o ano em 461,35 gigawatts-hora, uma retração de 1,3 por cento frente à expansão para 467,2 gigawatts esperada anteriormente.
Segundo os dados, revisados a cada quatro meses, o consumo deve subir ligeiramente em 2017 nas residências (1,6 por cento) e indústrias (0,4 por cento), mas com retração no comércio (0,2 por cento).
Antes, a expectativa era de demanda maior em todos setores, em expansão liderada pelas residências (2,6 por cento) e comércios (2,5 por cento), mas com alta também na indústria (1,3 por cento).
Para o próximo ano, EPE e ONS reduziram a estimativa de consumo para cerca de 477 GWh, ou 1 por cento abaixo do previsto anteriormente.
"A revisão da projeção do consumo de eletricidade na rede para o ano de 2017 se justifica em razão dos desvios observados entre os valores previstos anteriormente e os verificados no primeiro semestre, e para os anos seguintes, como consequência", afirma o boletim.
Em 2019, o consumo deverá somar quase 494 GWh, ou 0,6 por cento a menos que previsto em maio. Em 2020, a previsão ficou 0,3 por cento menor, em 513,16 GWh, e para 2021 os órgãos estimam consumo de 533,2 GWh, ou 0,8 por cento abaixo do estimado em maio.
(Por Luciano Costa)